quarta-feira, 5 de março de 2008

Horta em lugares fechados. Nossa (in)experiência e uma esperança!

Salve salve amig@s dessa grande moradia chamada Planeta Terra...

Daki dessa nossa gaveta do mundo num apartamento em Brasília, chamada Ecovila Alternativa, envio o link de uma comunidade no orkut que pode interessar àqueles que querem repensar a cidade...nossa relação com a natureza...nossa relação com nossos alimentos. É uma comunidade que debate "Horta em casa". Vi uns fóruns interessantes. Acho que depois de duas tentativas frustradas de plantar cebolinha aki em casa, abriu-se uma esperança de q dê certo, pois lá tem umas dicas a respeito disso e de muitas outras coisas.

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1760723


Além da cebolinha, tentei plantar alface, pimenta, tomate cereja, flores... nesses últimos meses aki no apartamento. Acho q o problema é o pouco sol q pega na janela. Mas enfim....sempre há uma solução.
O tomate cereja e a pimenta são os sobreviventes e parecem estar na adolescência agora. Mais algum tempo e quem sabe não postou uma foto aki d@s moradores comendo nosso tomate cereja.
Por enquanto...o esquema é todo CEASA e algumas coisas do mercado comum mesmo !

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Uma passagem rápida, mas importante...

Há poucas semanas atrás um colega da sociais, o Rubens, me abordou dizendo que tinha um interessado em compor nossa pancárquica ecovila urbana. Cinco minutos depois, ele me reencontra e me apresenta o dito-cujo: Pedro !!!
Um rapaz de olhos resplandecentes e uma barba ruiva e grande. Ele me deu um abraço caloroso e logo virou Pedrão. Uns dias depois, foi comer lá na pancarquia e muito empolgado logo acertou sua mudança para lá.
A permanência de Pedro na casa durou pouco. Dedicado praticante de yoga, membro da Ananda Marga e extremamente disciplinado, logo viu seus horários e seu ascetismo se chocarem um pouco com o cotidiano da casa. O motivo principal de sua saída depois de alguns foi mesmo o retorno de seu namoro com Nivedita, com quem resolveu morar, mas seus choques com a dinâmica da casa podem nos servir como preciosas indicações para melhorias e para que comecemos a pensar em algo que nas últimas semanas não tem andado muito bem: a limpeza do meio ambiente doméstico. Até porque se queremos contribuir para um meio ambiente limpo, precisamos começar pela nossa gaveta (nosso apê é uma gaveta de um grande armário chamado mundo). o desafio que quero propor para os outros pancarcas e que também já percebi que tem pancarcas falando nisso também é: como podemos materializar essa limpeza de maneira a que possamos envolver todos e cada um. Será só através de olhares, de confiança mútua, de divisão de tarefas? Com certeza, espero que não seja contratando uma proletária para limpar nossa caca.

Pra fechar esse scrap, segue uma troca de emails entre Pancarca e Pedro, quando acertavamos sua vinda para nossa casa:

Pedro:

Seres queridos, como vão?
Entãão, to aqui em sp, na casa da família, revendo-os após um tempinho sem encontro e muitos acontecimentos. Vou ter que ficar forçadamente pelo menos mais alguns dias porque ,não sei se cheguei a comentar com vocês, meu pé estava dolorido e inchado e não sabia o que era, acabei indo no hospital e o raio-x mostrou uma pequena fissura no osso do dedo do meio do pé direito e tive que botar uma bota com gesso e vou ficar de molho por alguns dias pra recolocar o bichinho no lugar. Vou voltar pra brasília andando de muleta. O Universo sabe o que faz e agradeço por esse aprendizado.
Irmãos queridos, quero saber se vocês tem orkut e se tiverem já para me cadastrarem : Pradiip Pedro
E fica aí minha indagação sobre os movimentos que estão acontecendo neste espaço especialíssimo, esta eco-república e se mais um irmão para contribuir com o crescimento do espaço, com o compartilhar e aprendizado mútuo vai caber e ser aceito no coração de todos.
E que o guarda-chuva do nosso ego, com todos os seus complexos, comece a ser furado para que desfrutemos desta chuva torrencial de bem-aventurança infinita e eterna que está bloqueada por este guarda-chuva que a maioria dos seres infelizmente enxerga como o único céu.
Uma grande saudação.
Namaskar
Pedro Pradiip

Resposta Pancarca:
Olá amigo Pedro,
espero q esteja sendo boa a sua passagem por São Paulo,a sua recuperação e a visita à sua família.
Então...todxs xs atuais moradores do apartamento estão de acordo com a sua vinda. Q massa ! Fico feliz, e tenho certeza q os demais moradores também, de podermos contar com a presença de mais uma pessoa que está buscando perder o medo da chuva da qual falou.
É engraçado....a casa tem reunido pessoas bem diversas sabe, Pedro. Pessoas mais engajadas politicamente, outras mais focadas no plano subjetivo. Pessoas com uma sensibilidade voltada para algusn aspecto das relações humanas, outras voltadas para outros aspectos das relações humanas. Pessoas mais transpiração, outras mais inspiração. Mas todxs com uma disposição em comum...sermos nós mesmxs, mas não sermos sempre os mesmxs. E acredito que "sermos" não simplesmente como a mera soma de indivíduos, mas como a construção de um coletivo. Coletivo que com tempo espero que possa inclusive ir para além do âmbito do apartamento. Até pq o apê é só uma gavetinha de uma casa com mais de 7 bilhões de humanos e outros tantos "zilhões" de seres vivos.
Não sei se ficou legal o q escrevi. Tenho certeza q muitas pessoas tenderiam a achar q é excessivamente poético e não corresponde à realidade. Com certeza, a realidade, e não é diferente na moradia alternativa, também está permeada de desconfianças, erros, medos, problemas de comunicação...Mas a convicção de que as coisas podem ser diferentes. De que podemos pegar um na mão do outrx e abaixarmos e furarmos nossos guarda-chuvas e na medida do possível até abaixá-los totalmente de vez em quando. E fazermos isso não como quem se desarma em meio a uma tempestade, mas como pessoas tentando brinca alegremente na chuva com uma esperança coletiva inquebrável de que não tardará muito para o sol brilhar novamente.
Um beijo e um abraço.
Seja bem vindo à moradia "meu amigo pedro", para descontruirmos coletivamente nosso "medo da chuva".

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

somos um

Primeiro um pouco de história sobre a república-pancarquia-ecovilaurbana(?):

Quando alugamos o apartamento no começo de agosto se não me engano nós éramos 4 pessoas: eu, artur, raoni e camilinha. Fizemos uma discussão sobre o que cada um pensava sobre si mesmo e sobre a futura moradia e então botamos a mão na massa dando forma ao espaço vazio hoje cheio de quinquilharias (crítica pessoal) e coisas úteis. A experiencia de dividir esforços para a mudança de móveis e a convivência diária, preparação coletiva das refeições foi uma experiência muito estimulante para mim e creio que para os demais. Porém com o fim dos trabalhos NECESSÁRIOS e o início das aulas da UNB sinto que alguma coisa se perdeu como seria natural e agora estamos caminhando para um novo momento de semelhante sinergia se assim for a vontade dos moradores, inclusas a Dany e a Polly que chegaram no segundo mês trazendo uma nova configuração para nossa família. Creio que o desafio seja transcender novamente os nossos maravilhosos e saudáveis egos para um pensamento coletivo, não que isso não esteja ocorrendo, mas certamente poderia ser melhor.

Não creio que seja uma questão se sacrifício de um pelos demais, não acredito em nenhum tipo de herói-messias-mártir, a idéia é construir as idéias e ações em grupo mesmo que inicialmente isso se torne as vezes até mais dificil que se houvesse iniciativa individual. Nossa composteira orgânica ainda não saiu do papel assim como nossa horta de janela, os quartos ainda não estão suficientemente agradaveis para um sono perfeito, a internet ainda não se espalhou pela casa e este blog ainda não é um meio real de troca entre nós e outras experiências semelhantes. Fora essas pequenas críticas que faço, sei que podemos criar ainda infinitos protótipos do que é se viver em comunidade e quem sabe um dia dar um vôo maior para além de nossas janelas e compartilhar nossa experiência com Brasília, o Brasil e o Mundo.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Debate sobre o nome da Moradia Alternativa: República Vs Pancarquia

Pessoal ou copancarcas (vcs entenderão o por quê)

para além das coisas chatas de papelada e tal para o aluguel do apê....acho que tem coisas legais para começarmos a conversar sobre a moradia alternativa.

As pessoas costumam usar o termo República para esse tipo de moradia nossa. Confesso que não me agrada muito. O uso do termo por si é besteira, mas acho que a escolha de outro e a ressignificação do que é uma moradia coletiva não é besteira.
Dentro dessa idéia, acho que República (sem entrar em remissões teóricas sobre o assunto) denota uma unidade territorial soberana na qual a fonte de legitimidade do exercício do poder é o povo. Na prática, simplificando a parada pra caralho num domingo de manhã de empolgação, o uso de República tem pelo menos dois grandes problemas:
- Um grande problema é que o termo é vago....e muitas vezes na história se utilizou o recurso retórico de se dizer: "Bem....o poder é do povo, mas vc, estrangeiro, é bárbaro e eu, nativo, sou povo cidadão. Ou...vc, mulher, é inferior e eu, homem, sou povo cidadão." E por aí vai...
- Um segundo problema diz respeito ao exercício do poder. Muitas vezes se fala. "Bem....o poder é do povo, mas o povo exercerá esse poder indiretamente por meio de representantes." Coincidentemente, em geral quem fala isso são aqueles que se propõe a ser representantes do povo.

Sei que desde o início estaremos enfrentando os problemas práticos e clássicos da gestão coletiva. A diferença de recursos (temporais, materiais...), diferenças de prioridades, concepções ideológicas diferenciadas...Aliás, isso já aparece no momento de alugar apê no qual algumas pessoas correram mais atrás do que outras. (Não é uma crítica a ninguém. Pq mais do que todo mundo trabalhar igual, é preciso se ter compreensão das limitações de cada (como ter família fora de Brasília ou estar viajando para longe) e se ter confiança nas pessoas.

No sentido da discussão acima, lanço a seguinte proposta. Sejamos revolucionários como os franceses de 1789 (como os de 1968 tbm). Criemos nossos próprios termos:
Em vez de República, sugiro PANCARQUIA.

Pan: O prefixo pan- provém de igual palavra grega pan (forma neutra do adjetivo pâs) que quer dizer todo, toda, tudo.

Ca: é a primeira sílaba de "cada". Não vem do grego, nem do latim e nem do aramaico. Vem da minha cabeça.

Arquia: simplificando, pode referir-se a Governo. Tipo: Monarquia (governo de um). Oligarquia (governo de poucos).

Em suma:

PANCARQUIA (Governo de todas e todos e de cada um)

O que acham?

- Tão revolucionário quanto alterar as condições materiais de vida das pessoas é alterar linguagem e noções de espaço e tempo.

- Comecemos por baixo...sempre que possível...EXIGINDO O IMPOSSÍVEL !

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Tudo começa em algum lugar, este blog começa com a benvinda internet a cabo neste bem vindo dia nesta benvinda moradia alternativa.

Pensamentos dos republicanos no momento:

"Pensei..." Artur

"Eu acho que não sei..." Jeremias

O Raoni que ia deixar um belo pensamento desceu pra fazer alguma coisa.


Dani está estudando economia para o futuro do capitalismo, Camila viaja tranquilamente na Bahia de Guanabara e Poli tenta enteder porque os genes são assim tão geniais.